Missa Solene do Jubileu 70 Anos Paróquia - Auriflama-SP

Registamos a Missa Solene do Jubileu de Criação da Paróquia e Dedicação da Igreja - Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Auriflama - SP, uma solenidade muito importante e bonita para comemorar essa data especial.

Fica aqui a história da Parória contada durante a celebração pelo  Sr Vanderlei na integra para todos conferirem:

     Estamos vivendo hoje o ápice do Jubileu – 70 anos de criação da nossa Paroquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Auriflama.

• Tema: 70 anos construindo histórias
• Lema : “Fazei tudo o que ele vos disser”. Jo. 2,5.

     Em nome da Comissão do Jubileu da Nossa Paroquia à Saudamos a presença de todos.

     Ao nos reunirmos com o Padre Miguel no ano passado para planejar as festividades, traçamos como objetivo “viver o ano jubilar” com vários eventos e recuperar a “nossa história” para registrar o amor à Nossa Senhora e “render graças e jubilo por fazer parte desta porção do povo de Deus escolhido” que aqui vive!

     Para isso contamos com o carinho e dedicação da nossa “Pascom” que pesquisou, entrevistou pessoas e gravou vários Tbt’s com moradores antigos de Auriflama e queremos “resumidamente” lhes contar o quanto foi feito para chegarmos neste dia!

     Vamos voltar ao ano de 1935 quando aqui chegaram os pioneiros para conhecer o lugar, liderados por João Pacheco de Lima, que é considerado o fundador da cidade. Conta que gostaram do que viram, acertaram os tramites legais e retornaram para suas cidades de origem, para organizarem a vinda definitiva de suas famílias no ano de 1936.

     No dia 02 de novembro do mesmo ano, como símbolo da fé cristã que professavam e para marcar presença no local, ergueram um “Cruzeiro de madeira” que se tornou sinal das benções de Deus, dando inicio ao povoado que ficou conhecido como “Vila Pacheco” – Homenagem ao fundador.

     Logo a noticia da nova vila se espalhou e outras famílias para cá vieram para se juntar aos demais pioneiros e no dia 20 de novembro de 1937 (data oficial da fundação da cidade), à sombra de uma exuberante figueira, o Padre Agostinho dos Santos Pereira – Pároco de São João de Nhandeara, celebrou a 1ª missa e abençoou a nossa Vila que passou a se chamar: VILA AUREA – Homenagem à filha do fundador. Na sequencia construíram a 1ª igrejinha de madeira que serviu a comunidade por muitos anos...

     Com o crescimento da Vila e a frequência nos momentos de oração, no dia 25 de janeiro de 1941, foi fundado o Apostolado da Oração, que até hoje é presença marcante nas atividades religiosas da Paroquia.

     A partir do ano de 1941, com a criação da Paroquia de General Salgado, passou a ser atribuição de o pároco vir realizar as celebrações na capela, que passou a chamar “Capela Nossa Senhora Aparecida de Vila Áurea”.

     Em 1943 começou um movimento para a construção de uma nova igreja, uma vez que a capela se tornara pequena para a abrigar a comunidade na época.

     O Bispo Dom Lafayette Hibânio da Diocese de Rio Preto através da Provisão nº 125/3 de 26 de maio de 1944 autorizou a criação de uma comissão para a construção que demorou cerca de 3 anos. A nova igreja doi feita de tijolos e media 300 m2. Serviu à comunidade até a construção da atual igreja.

     Com a devoção que professavam o mês de maio, era dedicado à Maria – Era um mês alegre e movimentado. Todas as quartas, sextas, sábados e domingos rezavam o terço na capela e no ultimo domingo do mês acontecia a procissão de encerramento, missa e a coroação à Nossa Senhora. “Rendiam graças e jubilo, acolhendo a todos de bom coração”.

     Graças à devoção Mariana foram criadas a “Irmandade das Filhas de Maria” com as moças e a congregação mariana com os rapazes, que exibiam os uniformes brancos e a fita azul com muita fé e amor a Nossa Senhora em todos os momentos de celebração.

     Depois de 16 anos de demonstração de fé e dedicação viram que era momento de trabalhar para a criação da paróquia. No dia 1º de maio de 1952, a capela se torna Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Auriflama, conforme termo de abertura expedido por Dom Lifayette Libâno, Bipo de Rio Preto, com território da Nova Paróquia sendo formado pela matriz de Auriflama e as capelas de Guzolândia e Bandeirantes D’ Oeste que pertenciam a Pereira Barreto.

     No dia 08 de junho de 1952, tomou posse o vigário da nova Paróquia Padre Carlos Wazero que, com muita dificuldade, precisou organizar tudo.

     No dia 14 de outubro de 1958, o Padre Carlos é substituído pelo Padre José Veloso Gomes, que por motivo de saúde ficou pouco tempo e em 1º de fevereiro de 1960 deu-se a provisão do Padre José de Paula Reino para assumir a paróquia.

     A maior preocupação do Padre ao chegar aqui foi a igreja, que era considerada pequena para abrigas os fieis nas celebrações.

     Em 1961, começam os trabalhos para a construção da nova igreja que deveria medir 63m de comprimento por 44m de largura.

     Depois de 4 anos de trabalho, com a realização de quermesses, leilões e muitas promoções, concluiu-se que, para a tristeza de todos, a igreja fora superdimensionada e por não haver um projeto técnico para sustentar a cobertura, optaram por demolir as estruturas de fundação e as paredes já levantadas para realizar um projeto mais realista para a matriz – Por motivos pessoas o Padre José de Paula Reino deixou a Paróquia!

     Em março de 1965 assume o Padre Pedro Carlos Avignolo, que chegara da Itália e logo cuidou da demolição das estruturas e no lugar iniciou a execução do projeto da igreja atual elaborado pelo arquiteto Roberto Frioli de Araçatuba que foi considerado bastante moderno e até ousado para a época.

     Durante a permanência do Padre Pedro, a obra foi desenvolvida e colocada em uso da comunidade, a conclusão se deu em 1975 já com Padre Luiz Sesma Hernandes que também foi responsável pela construção da Casa Paroquial e do Salão Paroquial. O Padre Luiz ficou na paróquia por ____ anos.

     Foi um período em que a igreja enfrentava os desafios do Concilio Vaticano II, iniciado pelo Papa São João XXIII em 11 de outubro de 1962 e concluído pelo Papa Paulo VI em dezembro de 1965.

     Entre os efeitos mais visíveis aconteceu a utilização da língua de cada país nas missas, em lugar do latim e com os padres de frente para os fieis e não mais para o altar.

     Esta renovação e modernização exigiu muito emprenho de todos para entender e por em prática “os documentos” que revelavam recomendações sobre a proteção à vida, à promoção da concórdia e a harmonia entre os seres humanos.

     Foi nesse contexto que em 1992 aqui chegou o Padre Antônio de Jesus Sardinha que fez um trabalho muito importante de conscientização e formação das Pastorais, Ministros leigos, grupos de quarteirão, RCC, e demais movimentos, preparando as equipes nos mais diversos segmentos para assumirem seu papel na evangelização anunciando a Boa Nova, a vivencia dos sacramentos e no enfrentamento as violações dos direitos humanos e da dignidade e defesa dos pobres e marginalizados.

     No campo administrativo, em função de erro na cobertura da igreja, encabeçou a troca de todo o telhado e recuperação da estrutura no fundo da igreja que apresentava grandes infiltrações.

     Com o apoio de toda a comunidade, já que não tinha um local adequado para as festas, quermesses e grandes eventos, foi adquirido o terreno e construído o “Centro Pastoral” que hoje é amplamente utilizado pela comunidade.

     Com a saída do Padre Sardinha, aqui chegou o Padre Geraldo José da Silva em 2005. Com sua experiência procurou reforçar os trabalhos pastorais e fortaleceu os movimentos, grupos e demais setores da comunidade.

     No campo administrativo deixou como legado o atual forro da igreja, a troca das cadeiras pelos bancos e a substituição do piso que estava já desgastado e exigia essa troca.

     Iniciou as obras das capelas Santo Antônio e São José, que hoje servem os fieis dos bairros São Bento e Santa Maria.

     Em 2012, o Padre Geraldo se transfere para Ilha Solteira, e chega o Padre Donizete Aparecido dos Santos (nosso querido ôxe). Com sua larga vivencia e trazendo experiência no trato com os paroquianos, logo cativou a todos! Deu sequencia ao trabalho que já estava implantado e procurou estimular a todos para aprofundar a espiritualidade e o amor fraterno. Dedicou seu tempo para levar apoio e atenção as pastorais, os grupos movimentos e demais organismos com ênfase na Pastoral Familiar e da criança. Incentivou e implantou o “Terço dos homens” em novembro de 2014, o qual tem quase 100 homens que rezam o terço todas as quintas feiras. Deixou um grande legado pelo seu carinho, humildade e paciência no trato com as pessoas que o procurava nas mais diversas situações.

     No inicio de 2021, em pleno período da pandemia do covid-19, tivemos a grande alegria de recebermos o Padre Miguel Donizete Garcia, vindo da Paróquia de Santa Rita de Fernandópolis. Apesar das dificuldades provocadas pela pandemia, fez uso das mídias sociais e manteve o trabalho ativo na paróquia. Com sua alegria e carinho fraterno logo cativou a todos nós. Somos felizes e gratos pelo seu dinamismo e trabalho dedicado. Ampliou os momentos celebrativos, estimulou a fé e o amor aos sacramentos, bem como a participação nas pastorais que já existia, criando novas e conduzindo a administração da paróquia com muito zelo e amor a todos! Temos o privilégio de viver sob sua coordenação, este “jubileu de vinho”, 70 anos da criação da nossa Paróquia. Com dedicação criou a comissão e desde a festa da Padroeira em 12 de outubro de 2021 demos a largada para fazer uma bela e marcante festa do jubilei da paroquia.

Dentro dos objetivos traçados, já são visíveis:

- Reforma e readequação do Presbitério que deu um toque de embelezamento a nossa igreja;

- Nicho com imagem da Padroeira na entrada da igreja com Fac-simile da imagem original vinda de Aparecida do Norte, bem como nos presenteou com a imagem que temos no presbitério;

- Pinturas litúrgicas nas paredes, presbitério e coral;

- Criação do estandarte e Brasão da Paróquia;

- Hino do Jubileu – Letra: Padre Miguel D. Garcia, Musica: Janete Ferreira;

- Galeria com as fotos dos padres que por aqui passaram na entrada da igreja;

- Camiseta comemorativa e logo do jubileu;

- Brindes festivos (vinhos e sucos);

- Engajamento das Pastorais, capelas São José e Santo Antônio, R.C.C., Grupo de Jovens, Sagrado coração de Jesus, UNIVIDA, Protetores da vida, caritas, e os conselhos (paroquial e administrativo);

- Gravação e apresentação dos Tbt’s, bem como a recuperação de fotos e documentos para acervo pela PASCOM que marcam a história da paróquia;

Hoje, com o nosso Bispo Dom Reginaldo vivemos esta celebração de comemoração dos 70 anos da criação e dedicação da igreja matriz. Teremos ainda a Festa da Padroeira em outubro com celebrações, procissão e quermesse. Show no centro pastoral à Encerramento do Jubileu da Paróquia e inicio das festividades do aniversário da cidade. Tudo isso é resultado da fé e do amor à nossa Padroeira – Nossa Senhora Aparecida que foi passada ao longo destes anos por nossos antepassados e que foi motivada e fortalecida pelos padres que aqui passaram.

Celebrar 70 anos é olhar a história e agradecer o que foi vivido e o que ainda se vai viver. Durante estes anos, muitos nasceram, foram batizados, se casaram e aqui finalizaram sua história. É uma grande oportunidade de aprofundar e ousar “novar respostas” na tarefa de investir em uma igreja sinodal, efetivamente de comunhão e participação, fecundados na missão.

Somos merecedores de calorosos aplausos, lembrando do Cristo Ressuscitado “O Vinho Novo” que nos impulsiona na caminhada e Nossa mãe e Rainha Nossa Senhora Aparecida (Nossa Padroeira)

A ela e a todos nossos aplausos.

Muito Obrigado!

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